terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Depois de você



     Depois de você, eu nunca mais fui o mesmo.
     Depois de você, eu nunca mais vi o mundo com cores vibrantes. Hoje as cores são como são, não como eu as via antes, isso tudo depois de você.
     Depois de você, eu não soube o que era amor. Quando você partiu levou consigo o coração que lhe dei, hoje em dia não sei amar mais nada ou ninguém.
     Depois de você, vegeto em minha vida. Me sinto um verdadeiro gira-sol, olhando sempre em direção ao sol na espera de você um dia voltar. 
     Depois de você, vivo 24 horas por dia. Lembro-me quando eu vivia 25 horas por dia, pois esse era o seu tempo de amor por mim.
    Depois de tudo, o que me restou foram boas lembranças de uma coisa que nunca foi ou será esquecida. 
    Depois de tudo, veio você novamente com esse sorriso no rosto inconscientemente dizendo que foi ali e voltou. 

    Depois de você, agora novamente em minha frente, não sei ao certo o que será de mim daqui pra frente.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Ao cair das máscaras


     Máscaras caíram sobre meus olhos, e os tecidos cobriram meu rosto. Me vi em outras vidas, vidas as quais vivi e não me recordava. Pode ser que não acredite em vida após a morte, mas há pessoas que acreditam em vida anti vida, e foi em algumas que deparei comigo mesmo. 
     Vi os grandes filósofos ensinarem a razão, pena que não ensinaram a amor, pois numas batalhas e outras é que a razão não supera a emoção de uma perda. Vi flores voares enquanto cogumelos murchavam pelo chão frio. Olhando para cima vi uma cúpula de vidro iluminada pelos lustres, que enfeitavam todo o salão de dança daquele casarão. Parece que toda a burguesia da cidade veio para servir de coadjuvantemente para minha história. Olhando as minhas costas ouço um apito, onde me vejo despedindo de alguém que nunca voltará.
      Máscaras caíram sobre meus olhos, e os tecidos cobriram meu rosto que logo deparei-me com a minha atual realidade. 
" Vos mercie considera esta dança?"
   

domingo, 18 de dezembro de 2011

Minha entorpecência



     ...há tempos não sei o que é o novo, há tempos nem sei quem sou. Tornei-me o contraventor de minha própria história...
     Soube que minha cozinha esta habitada por ratos, e minha sala está cheia de baratas. Nossa! Minha casa nunca ficou tão movimentada, a não ser daquela vez em que dei um festa para eu mesmo, onde todos que passavam pela minha rua eu os convidava para tomar uns drinks. Ontem, anteontem... não sei ao certo, mas creio ter dado umas 40 pessoas em minha sala.
     Minha entorpecência é o mais eloquente devaneio de minha vida. Ha ha ha... nem sei de quê e porquê a minha risada. Hey Dj põe Maroon 5 no último volume! Como eu amo esta música, como amo esta minha festa de uma pessoa que eu mesmo organizo em meu quarto.
     Quanta loucura, quanta bobagem... eu ficar pensando que um dia irei me perdoar, pra quê? Não fiz nada... ou fiz? Preciso rever este meu comportamento senil, não está me ajudando em nada, só em... de que eu estava falando mesmo?
     Como estava dizendo, minha casa está cheia de ratos e baratas. Creio que a visão interna dela está à vociferar o que realmente quero mostrar, a arte do desleixo. Desleixo, acho que é isto que apliquei-me nestes dias que se passaram fora do meu quarto. Estou aqui deitado em minha cama a dias, olhando para o teto e perguntando a mim mesmo: "Como vim parar neste lugar?"

sábado, 10 de dezembro de 2011

Teu Suicídio

Uma certa vez ouvi alguém dizer uma interessante frase: "Nunca machuque o coração do outro, pois não se sabe se você pode estar contido nele". E foi justamente nessa que me deparei com o verdadeiro sentido de tua morte. O teu suicídio.
Não lhe subestimei, apenas achei que nunca terias a capacidade de tal atrocidade contigo mesmo. Sua vontade de livrar-se de algo que você mesmo criou para sufocar-te, lhe exilou num mundo de lendas e verdade criadas por você.
Teu ato cruel ao enfiar a adaga em meu coração, fez com que você sentisse por si só com quem realmente ficou a dor. Senti, senti... senti toda a raiva, todo o ódio, toda a calmaria por não tê-lo mais aqui comigo. De sua parte muito ingenuo achando que minha palavras eram brinquedos para que tua mente tratasse como brincadeira toda a nossa história. Foi uma pequena história até, história que teria um formato de gibi, mas o conteúdo seria profundo e extenso como toda um Odisseia.
Você foi desaparecendo, e eu sem poder fechar os olhos vi tua imagem esmaecer enquanto meu coração sangrava. Nossa quanto sangue. Foi uma loucura me ver morrendo e você esmaecendo em minha frente, mas loucura maior foi perceber que nada sumia apenas você. O desespero foi maior por minha parte ao entender que o meu coração continha você dentro, que angústia, que horror. Teu suicídio foi um dos mais misteriosos e improváveis mortes que se possa relatar.
Sangrei durante dias, e com esses dias sua imagem foi embora.
Você foi embora levando o meu coração, meu amor. Mas algo de você ainda restou em mim, restou toda sua inspiração. Pois foi a mim que você à confiou.
Em tempos futuros me preocupo se conseguirei amar à outro sem ter um coração, ou se você conseguirá escrever algo sem no fundo ter uma frase direcionado à mim.

sábado, 29 de outubro de 2011

Eu vejo... me vejo.

O mundo gira numa velocidade horrenda, que me assusta. Olhando para cima vejo o girar com mais pressa. Gira, gira, gira.... e toda imagem vista se entre enrolando formando uma única cor. Branco.
De repente deparo-me com um espelho em minha frente, onde vejo apenas uma imagem, a minha imagem. Parado olhando-me, vejo minha imagem com um lápis negro em suas mãos. "Riscai-vos um olho". Assim me disse aos sussurros. Entre o risco de um olho ao olho, vejo um olhar se destacando em meia negritude.
Abismado com tanta loucura e lucidez que pairava em minha frente, vi surgir... Vi surgir lágrimas de um alguém que foi posto para dentro de seu original corpo, nem mais nenhuma alma. Um novo rosto surgia de um novo eu. Alguém que eu conhecia apenas em meus momentos de pura emoção macabra, assim, surge e revelo meu lado negro. O lado mais sombrio de um puro mortal, mais imortalizado na memória toda uma Odisseia antepassada.
Vejai-vos assim como eu vejo. Contemple aquilo vos teme. Grite de horror a verdadeira beleza que paira em sua frente, e desdenhe qualquer assimilação com o mau.
Beije minha face agora negra, e dance comigo a valsa do último adeus. Adeus dando a ambos, pois ninguém merece viver depois de olhar a minha verdadeira face. Dance comigo, e maravilhe este lindo momento que é morrer em meus braços. Olhe em meus olhos límpidos e vermelhos, contemple minha beleza exótica. Agora feche os olhos. Não consegue abri-los? Então relaxe, pois sua vida esta sendo levada de maneira mais sublime em meus braços.
Adeus! Obrigado por contemplar aquilo que só pode ser visto apenas uma única vez.

domingo, 23 de outubro de 2011

Àquele Som

Era altas horas da madrugada, a maresia chegará ao pico de tua potência e o mar, não cedo estava para a ressaca. Com ondas altas e vento de brisa leve e quente, ali estava eu embriagado andando só nas areias da praia sem nenhum destino à vista.
Andei durante todo o instante daquela madrugada com a sensação de estar sendo seguido, ou vigiado. Vultos pareciam esporadicamente, no auge de minha loucura encarei-os como fruto de minha imaginação. Foi quando mais afastado da cidade, deparei-me com uma oferenda nas areias da praia. Não tive medo, apenas um certo receio pelos materiais que ali via, tais como: vela acesa, pratos de barro, garrafas de bebidas, etc. Passei tranquilamente de que de minha parte estaria com todo o respeito.

Caminhando escuto um som de atabaque e resolvo olhar para trás. A visão era de espantar, via cerca de 15 pessoas vestidas de branco, homens e mulheres misturados formando uma espécie de meia-lua voltada em minha direção. Havia uma mulher ao centro deste círculo, que começará a dançar ao som dos atabaques.
A mulher começara a se envolver no som, e girava mais veloz de acordo com o ritmo. E com beleza e ginga, a mulher tira sua vestimenta superior e fica somente com um longa saia vermelha encarnada. Seus seios fartos e corpo escultural era um verdadeiro deslumbre na visão de um homem. E girava, girava e girava... com os cabelos ao vento e misteriosamente via seu rosto. A mulher da pele morena encantava a quem quer que a visse com o seu gingado e dança. Em certo momento ela pega uma garrafa ao chão e se banha com todo o líquido, parecia saciar-se de sede. E vinha em minha direção girando como o vento, e encantando com a saia que ficava mais bonita ao seu rodar, ela cai de joelho sobre os meus pés e dá uma alta e medonha gargalhada. Aquilo estremeceu-me e arrepio-me.
Corri de pavor, e quando decido olhar para trás vejo toda aquela imagem esmaecendo de acordo com o desaparecimento aos poucos dos atabaques. E ainda me pergunto se realmente era uma miragem.

RMiranda

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Somos administradores de nosso futuro?

A forma de que como queremos levar a vida e até em que ponto queremos fazer-la atingir, tem uma variância de determinação com objetivos. A vida futura deve basear-se em investimentos instrucionais, assim podendo desempenhar um planejamento com certo traçado de uma meta.
O termo “mudar para ser o mesmo” deve ser tratado como uma essência. Devemos sempre nos atualizar, nos instruir e nos adaptar com novas tecnologias, mas não devemos nos deixar levar por suas magníficas praticidade. Temos que ter a sensibilidade que é com nossas ações e atitudes que mudaremos todo um percurso que nos levará a um patamar desejado.
Não existe uma palavra certa que nos torne administradores de nosso futuro, e sim uma pergunta: “O que você quer ser na vida, e a que ponto você pretende chegar?”. Feito esta, e consecutivamente você tendo sua resposta, você passa a ser administrador de seu futuro. Para que esta administração seja bem direcionada, você precisa capacitar-se naquilo que possa levar-te ao alvo desejado.
Uma pergunta muito intrigante é: “Será que o meu passado de sucesso, garante o meu futuro?”. A pergunta trata-se de uma questão de subjetividade. Qualquer experiência vil que você possa ter passado, serve sim para um futuro brilhante. Quando bem trabalhado suas experiência junto a oportunidades aproveitadas, isso gera certa coragem e determinação, assim, podendo comparar a uma ambrosia tão desejada a qualquer pessoa que queria vencer na vida.


* texto feito para o curso de Administração

domingo, 2 de outubro de 2011

Nosso mundo, agora meu mundo

Minhas intenções foram das melhores. Ainda prevalece a distância em nossa vontade, mas o perto ainda estar em meus rasos desejos.
Perdoe-me se algum dia lhe fiz chorar ou até mesmo se rebaixar às suas próprias convicções, minhas intenções foram das melhores. Mas o que fazer quando tudo o que você faz não é o suficiente? O que fazer quando tudo o que você toca desmorona? O que fazer em momentos em que você quer o bem de alguém, e ao mesmo tempo pode desmoronar todo um progresso feito.
Perdido no próprio mundo que criamos, aqui estou. Venho andado sem mapa nas ruas e cidades que construímos juntos, e me perco em todas as esquinas em que me deparo. Pode lhe parecer uma utopia eu dizer que não quero sair deste mundo, mesmo não sabendo como.
O pior que hoje eu sinto o peso do nosso mundo todo sobre mim, e lhe garanto que carregar um fardo sozinho não é nada fácil. Vejo ilhas afundando, montanhas desmoronando e as flores murchando. Tentar salvá-las é um total erro, quando tento ajudar as coisas pioram quando toco. O nosso mundo já não tem vida.
Mas o que fazer quando tudo o que você faz não é o suficiente? O que fazer quando tudo o que você toca desmorona?
Desculpe-me por tudo, mas as minhas intenções sempre foram das melhores.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A Nossa Música

O que será que acontece quando toca a nossa música? O que será do nosso pensamento e sentimento quando nos deixamos levar pela nossa canção?
Ando pela rua olhando a lua. Ando pensando, imaginando que fosse a tua rua. Ando apenas caminhando...
Ando vivendo de uma forma em que algo faça sentido sem você, mas infelizmente parte foi contigo. Vivo de forma intensamente perigosa, vivo sem coração. Lembro-me perfeitamente que um dia lhe disse: Toma, é o único que eu tenho, cuide bem dele. Hoje vivo num corpo onde nada mais bate, muito menos algo importante habita.
Não existiu mais inspiração, nada mais teve emoção e nada mais teve prazer.
Lembro-me que em nossa canção chorávamos juntos, como lembro que nós éramos eternos sonhadores de um dia sermos realizadores de utopia. Lembro que fomos melhores amigos, e que nem sempre tudo era mais amor.
Recordo de que nada vale a pena na vida se não soubermos quem verdadeiramente somos, e que quem pensa que a distância faz esquecer, esquece que a saudade faz lembrar.
De sua vida nada sei, de nada tenho notícias. Mas espero que algum dia você entenda o crime hediondo que cometeu ao me matar em nosso livro de história.
Mais nossa música ainda continua viva, viva como o arvorecer de uma nova primavera. Talvez seja ela a causadora de toda um construção merecidamente contemplada pelos deuses. Nossa música vai ecoar pelos quatro cantos do universo do meu quarto, para que os planetas em cada canto da parede escute e sinta a vibração de algo que já derrubou o pior muro, o sentimento.
Faça da nossa música a mais linda canção, só não esqueça do que ela significou. Faça da nossa música a melodia para novos amores. Só não faça que nossa música seja de outro.

Kiss me
Beneath the milky twilight
Lead me
Out on the moonlit floor,
Lift your open hand
Strike up the band and
Make the fireflies dance
Silver moon sparkling.
So, kiss me.

sábado, 20 de agosto de 2011

Mãe, eu quero ser um Rockstar!

Mamãe eu quero ser um Rockstar. Mãe! Eu quero sair de casa, quero satisfazer meus desejos e realizar minhas confusas utopias.
Pai eu quero a sua benção, pois sei que minha mãe vai ser totalmente negligente à minha loucura, sei que você é homem como eu e entende que preciso ver a cara da vida.
Amigos quero sumir para algum lugar onde haja uma estrada, pois sei que estradas sempre levam a algum lugar. Quero sentir o vento batendo em meu límpido rosto, e presenciar a liberdade fazendo de mim uma metamorfose.
Mamãe eu quero ir para a cidade, quero ver as luzes brilhando em outras cores. Sei que acima do nosso céu azul há um céu negro chamado universo, e que por trás das estrelas há um infinito a descobrir. Mãe não quero ser a estrela, só quero estar entre elas.
São muitos quereres para um simples menino como eu. Mas realmente eu quero botar o meu violão nas costas e o perigo de baixo do meu braço, e sentir o cheiro da aventura em seu pescoço. O meu perigo com toda certeza será alguma pessoa louca como eu que, comigo dividirá meu contundente sucesso.
Vou sair pelo mundo com minhas calças rasgadas como minha vida. Não que minha vida seja um buraco no meio de algo, mas ela tem fiapos de emoção sabe!?! Mas será deste jeito que quero traçar o rumo não da minha vida, mas da minha felicidade.
Mãe, o jeito que vivo é muito bom e feliz. Mas para quem é ambicioso, tudo é pouco. Então entenda minha decisão. Vou sair vida e estrada a fora, pois quero ser um rockstar. Caso um dia eu volte do mesmo jeito que estou indo, saiba que irei voltar pelo menos feliz.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Cartas a esmo

Mais um vez escrevo uma carta para você, mas que na verdade é escrita somente em sua intenção, pois sei que em tuas mãos não irá chegar. Esta ficará jogada a esmo, junta com tantas outras que já escrevi à ti.
Cartas, cartas e mais cartas.
São apenas papéis com escritas sentimentalistas. Poderia eu considerar assim, mas a junção de ambos a batizam de cartas. São escritas com palavras que eu gostaria de falar pessoalmente, mas como são variantes as reações, prefiro que fiquem a esmo. Prefiro que estejam sempre comigo, para que um dia um possa me enviar e ler... saber que minhas palavras não foram escritas apenas pela veemência do momento, e sim, pelo sincero sentimento direcionado mentalmente a ti.
Nossa! Quantas cartas, quantos sentimentos. Preferi que ficassem a esmo, para que minhas palavras nunca mais o machuque. Não suporto mais o martirizar, e vê-lo agir com uma felicidade falsa de um 'tudo bem'. Isso é um suplício agonizante para eu presenciar de forma calada.
Se estas cartas realmente fossem enviadas, você iria ver a reação das pessoas sobre nós. Pois é hediondo a forma de como nos matamos a troco de nada. Por isso prefiro ser lépido ao guardar esta carta quando terminar de escrever, pois ela é mortal contém palavras dizendo "eu te amo".
Possuo cartas que são totalmente envenenadas, estão escritas "Ainda te amo" do início ao fim. O veneno é mais mortal quando está escrito "Você ainda está em mim" em letras garrafais. São cartas com sentimentos, pois ainda sou fagueiro.
Me sentiria muito culpado se estas cartas algum dia chegasse até ti. Sei que lhe fará muito mal, a ponto de eu ser condenado por homicídio qualificado. Sem direito a fiança por violar as cláusula pétreas do amor, irei mofar na cadeia do esquecimento.
Me perdoe se algum dia uma destas cartas fugir de meu baú e ir em direção ao dono, pois nenhum filho suporta ficar longe do pai. Não é a minha intenção lhe machucar com palavras, é apenas a minha forma de dizer a mim mesmo que você ainda existe em meu pensamento.
Que esta e outras cartas fiquem a esmo, a meu esmo!

RMiranda

domingo, 10 de julho de 2011

Entre as línguas e a boca.

Música para se escutar enquanto ler: http://www.4shared.com/audio/C5fcMHvv/Goo_Gool_Dolls_-_Iris.htm


É entre as bocas que se cruzam um sentimento. É entre as línguas que se faz o combustível da ilusão romântica. Ao som de uma boa música, eu sinto o seu abraço nunca recebido. Nossa como ele é quente e acolhedor.
Em meu ouvido você fala je t'aime, e eu respondo me too. Na agenda escrevi miss you, e nas estrelas vi formar il mi amore. É entre línguas que nos falamos, entre amores nos entendemos e com as bocas nos tocamos.
Quero poder pegar em suas mãos, e olhar em seus olhos como se mirasse um lindo eclipse. Quero poder fazer uma rosa sangrar vinho para matar a sua sede, e fazer chover em forma de espiral. O no encontro da gota e o chão, poder dançar um valsa com o som do natural.
Quero deixar o esmo e dançar a eterna valsa dos três minutos. Quero tanta coisa, que nem sei mais qual de nós é o personagem mais fictíssimo desse sonho.
Combinaremos então de fecharmos os olhos. Deixaremos as bocas se encontrarem, e as línguas falarem por nós. Seja em que língua ela falar, ela irá falar apenas a verdade. Irá falar o quanto nos amamos.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O tempo não sabe de nada


Dizem que o tempo é o melhor remédio; que o tempo sabe o que faz; que o tempo trás toda a sabedoria necessária. Pois digo que o tempo não sabe de nada. A ampulheta esta viva, a areia cai, e ela gira de acordo com um novo amanhecer.
O que fazer quando o tempo faz você agir no presente, pensando em um passado para poder planejar e vivenciar um futuro?
O tempo não sabe de nada. A única coisa de que ele sabe, é que haverá um amanhã. Mas se você pertencerá a ele, não compete-o a saber.
Muito vi pessoas morrem, assim como nascerem. Vi plantas nascerem, assim como morrerem. Vi... vi... apenas te vi e nada fiz pelo nosso tempo.
Hoje me veio sua imagem com toda a perfeição. Nossa como o tempo mudou, e na minha memória ainda continua viva a tua voz, a tua face angelical, o teu gestos e o teu sorriso saindo por trás de seus lábios dizendo sempre o meu nome.
Lembrei de como a brisa era mais leve, de como a cidade foi mais sentida, de como nossa casa mais aproveitada e explorada. Lembrei, de tudo. De tudo que me causa náuseas de bem estar.
Nossa como o tempo não sabe de nada. O tempo mudou, nossas vidas mudou. Sua aparência mudou. Não me vejo como um velho ao olhar para trás, muito menos me vejo como um simples não sei...
Vi com perfeição você, eu e nós. Vi, apenas vi. Mas de nada senti. Minto, senti sim. Senti uma louca vontade de lhe dar um tiro e ao mesmo tempo correr para me jogar na frente.
Até quando o tempo vai ser o que ele pensa ser?
Só sei que o tempo não sabe de nada, de nada sabe. Apenas faz o trabalho dele, que é girar a ampulheta.

domingo, 29 de maio de 2011

Esqueça

Esqueça de tudo aquilo que um dia lhe fez mau;
Esqueça de tudo aquilo que uma dia já lhe fez feliz.
Esqueça de todo o momento de dor, e todo momento de glória.
Esqueça de tudo, mas não esqueça de você.
Reviva pensamentos... Reviva energias já passadas, ou que nunca morram.
Se alguém lhe esqueceu, não se sinta culpado. Pois a verdadeira resposta do erro, vem com os ventos da bonança do tempo.
Se alguém lhe evita, não se sinta atingido. Pois não é só ele que retém a sua felicidade.
Seja forte para guardar lembranças, ou simplesmente esqueça. Mas não seja covarde a ponto de matá-las.
Sei que um sorriso não se esquece. Mas que tal lembrarmos somente dos dentes? Creio que não seja uma má idéia.
Tarde será o dia;
Aventura será uma idéia;
Diversão será um objetivo;
Estupidez será frequente;
Um esquecimento será a salvação.
Depois de tempos se perguntando o porque a pessoa quer lhe esquecer, eu simplesmente respondo: "Não se pode ter tudo ao mesmo tempo."
Se sua história foi escrita na areia da praia;
Desista, pois o mar vai apagar.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Dimitri


Era uma tarde fria de outono. Enquanto estava sentada no banco da praça lendo um livro, e caia as últimas folhas alaranjadas das centenárias árvores.
Estava compenetrada lendo um livro sobre as famosas Cruzadas Santas, quando parou em minha frente um homem que exalou um cheiro que me deixou um pouco hipnotizada. Ele era branco, alto, com um corpo não muito atlético; vestia um lindo terno e levava apenas uma rosa vermelha em mãos. Aquele rosa parecia ser a única rosa que sobreviveu o cair das folhas e pétalas das demais.
Com um ar meio que assustada, mas não querendo deixar má impressão lhe disse:
- O seu perfume é fascinante.
Levantei-me no intuito de perecer mais amigável. Mas ele me encarava com um olhar compenetrante ao meu. Quando olhei no fundo dos seus olhos, por um instante, senti que lhe conhecia há séculos.
Em um momento deparei a sua boca na minha. Foi um momento que senti o tempo congelar, o coração parar, e a vida se encontrar. O vento que senti neste momento parecia o girar de uma ampulheta. Logo após ele me deu à rosa e saiu andando. Apenas tive uma força que foi para indagar:
“Mas você não me disse o seu...”
Logo ele me interrompeu dizendo a uma única palavra que saiu de sua boca.
“Dimitri.”
Seu nome ficou gravado em minha mente. Fiquei dias e noites sem dormir querendo saber para onde foi aquele homem misterioso. Dias depois na mesma praça, ando relembrando aquele estranho momento quando me passa uma pessoa com o mesmo perfume do misterioso homem. Parei o rapaz, lhe disse que o seu perfume era fascinante e de bom gosto. E ele me disse: “Se chama Dimitri”
Fiquei perplexa no momento, sentei no bando e me senti louca por uns instantes. Pois estava confusa com tudo aquilo. E de nada mais soube daquele misterioso homem que além de me dar uma rosa, também plantou uma semente para uma eterna primavera.



RMiranda 25/04/2011

domingo, 8 de maio de 2011

Teríamos dois filhos, uma casa, um cachorro, uma felicidade e mais nada.

Esses foram os nossos planos, planos que em pouco tempo construímos e que futuramente estabilizados iríamos por em prática.

Mas o futuro foi mais cruel, decidiu que não seria desta forma. Os filhos foram substituídos os pais, a casa será somente de um dono, o cachorro será o enfeita da rua, e felicidade foi dada para outro. Só me restou o nada mais, que com ele não fiz mais nada, nada mais.

Decidi não fazer planos. Hoje espero por coisas boas, porque a melhor o futuro decidiu não ter. Hoje grito, mas ninguém escuta por conta do temporal. Lembro-me perfeitamente quando você me escutava, era exatamente no tempo em que a felicidade fazia folia em minha vida.

Nesse meu diário foi escritos coisas diárias de alguém, algum, alguma coisa. Não sei mais o que sou. Na verdade não sei que forma você foi embora.

De que forma mesmo você foi embora?

08/05/2011

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ateei fogo à chuva

Confesso que cometi esse crime, e também confesso que não estou arrependido.

Enquanto a chuva caia lá fora, eu lembrava nosso bons momentos. Momentos a qual me fez cometer este delito. Veio-me lembranças ótimas de tudo o que eu não queria lembrar, e via a chuva cair enquanto eu estava olhando da janela entre o vidro.

A casa estava totalmente escura e minha mente, totalmente corrompida. Não se via nem qualquer sombra de algum objeto, pois tudo era um breu. Mas em certo momento sentando em outro ponto da casa, senti minha cabeça possuída por demônios, e em instantes, abre-se a Caixa de Pandora.

Corri para fora de casa com ódio e amor de tudo e todos e ateei fogo à chuva. Fiquei admirando o fogo caindo do céu. O amor era ódio, o ódio era amor, a água era chuva, a chuva agora é fogo, e o fogo para mim ainda não era nada.

Ainda não sei se era miragem, mas lhe vi em minha frente. Enquanto a chuva caía você queimava. Vi-lhe gritando e agoniando no fogo, e nenhuma reação tive. Meus olhos lascivos sobre ti viram o que eles queriam.

Enquanto você se queimava, eu gritava o teu nome.

Enquanto você se queimava, eu gritava o teu nome...

Enquanto você... eu... teu nome.

Maldito seja meu outro eu.

05/05/2011

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Apenas um toque.

É preciso apenas um toque, é preciso apenas um olhar, é preciso apenas de um simples gesto para que tudo se torne mágico com você.
Pegue em minhas mãos e me leve para qualquer lugar, e deixe que a imaginação tome conta de tudo. Nossas mentes serão guiadas para um espaço onde somente existirá eu e você. Nossos corpos ainda continuarão a aparentar sendo dois, mas nós saberemos que estaremos em sintonia para sermos apenas um, apenas eu e você.
Pegue apenas em minha mão, deixemos todos os maus entendidos de lado, todas as nossas preocupações e problemas. Descobriremos um no olho do outro que existe vida após a morte, pois seus olhos são a porta para eu ver sua alma. Olhe em meus olhos e verá a minha junto a sua, vai parecer engraçado, mas alguém tatuou você lá.
Pegue em minha mão como ninguém pegou antes. Pegue em minha mão do jeito que a Fera nunca pegou na mão da Bela, do jeito que o Príncipe nunca pegou na mão Cinderela no dia de seu casamento. Pegue com todo o sentimento que você sente por mim, e se ver fogos de artifício é porque estará na nossa hora. Hora essa que os olhos de tudo que há de divino ira olhar para nós, e diremos um ao outro: "...". Não diremos nada, pois nossos olhos encontrando um ao outro parece o grito de mil loucos.
Quando largar a minha mão no final da música me prometa: "Você salvará a última dança para mim?"
É preciso de pouco para que algo seja eficaz e inesquecível, só depende de nós.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O dia em que o Céu se calou

A música já não tem sentido, o som que ecoava pelos céus se tornou extinto e os Querubins e Serafins não mais enfeitam mais minha orquestra. Este foi o dia em que o Céu se calou.
Quando algo se cala, é porque esta na hora de escutar. Escutar o som do coração que murchou? Creio que é do grito que minha mente em desespero dá de sua falta.
Minha imortalidade não se faz sentir presente. Quando se faz presente, que desespero me bate, só de pensar em viver para sempre em meu luto de surdez.
Aqui no céu sente-se uma presença fúnebre do seu partir, e minha existência se tornou superficial. Que silêncio, que agonia estar em um lugar onde a música já não toca mais.
Lembro-me perfeitamente de minhas visitas aos tolos mortais. Tolos mais invejados por mim. Como gostaria de viver sabendo que terei um fim. Me sentava em uma praia deserta ao por do sol, e com o estalar de um dedo sentado na areia eu via todo um filme: você andando pela areia sozinho olhando o mar, trazendo um violão nas costas segurado por uma das mãos e corpo semi nu ao som de Garota de Ipanema. Como era mágico quando a música se fazia sentida.
Um tempo depois pedi minhas desculpas e perdões aos meus irmãos, pois tinha mutilado minhas asas e cortado meus pulsos. Deixei que escorresse todo o divino sangue de que foi concebido, e na minha saída cuspi na fonte de onde saía a desejada Ambrosia. No portão um dos anjos veio se despedir de mim, disse-lhe para não se preocupar que o Sol amanhã continuará a brilhar, o céu continuará azul, e as nuvens continuarão lindas pois o trabalho deles é independente do meu, mais eles terão que brilhar sem minha música.
Assim que os portões do Céu se fechou não olhei para trás, apenas escutei um imenso estrondo ensurdecedor que não me fez ver mais nada. Em seguida acordei em um lugar mais humano e menos divino, me olhei e vi que não era mais um anjo. Agora lágrimas caem de meus olhos como se fossem nascentes para algum rio. Agora eu choro, sofro e sinto dor, pois antes as lágrimas eram as invisíveis de minha alma, por ter deixado que partisse.
A vida que era invejável por mim, agora já não tem mais tanto encanto. Não sei para onde ir, não sei o que seguir, mas de uma coisa eu sei: não posso voltar atrás.
Trouxe de lembrança comigo um instrumento, para que algum dia a musica volte e eu tenha em mãos aquilo para que eu possa alimenta-lo. Mas agora que você jaz em minha vida, eu posso dizer: É tarde de mais.
E este foi o dia em que o Céu se calou.


Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo sorrindo se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor

domingo, 27 de março de 2011

A vida passa

Viver é uma coisa tão divina que passa entre nossos olhos, que se quer nem percebemos a delicadeza de sua existência.
É engraçado percebermos que o mundo não conta a sua história, e sim a nossa história. Todos em alguma parte de vida se juntam ou se esbarram em algum capítulo dela, parecendo uma grande novela.
Tenho medo de não amar, de não ser amado, de não brincar, de não ser brinquedo. Tenho o medo de qualquer coisa que me faça perceber que não estou em movimento, pois só o que está morto que não se mexe.
Algum dia, em algum tempo, em alguma hora quero ver toda a minha novela, todos os amores, todos os momentos, todos os personagens que fizeram de meu livro um enciclopédia.
Percebi que não quero pular a fase da briga, a fase do desgosto, a fase a felicidade, nem tão pouco a vitória e do fracasso. Percebi que cada qual tem sua função. Função a qual é um sumário para um capítulo, uma introdução para um conto, uma síntese para uma vida.
O bom não é fazer parte da vida, e sim vive-la. Vive-la de forma intensa e nada rápido, pois quero aproveitar casa milésimo de segundo, assim sinto-me vivo, sinto-me em movimento, sinto a vida.
O oxigênio não é essencial para vida, ela é apenas um combustível. O essencial é sabermos que a vida passa, e nela estamos de passagem. Faça de sua vida um livro, um dicionário, uma enciclopédia. O que você não pode deixar de fazer e vive-la.
Então viva, diga para o mundo que você é mais um.

domingo, 20 de março de 2011

Me leve.

Me leve em suas asas de anjo, pois lhe vejo como um lindo arcanjo. Quem sabe assim em suas assas não me sinta um dos melhores querubins.
Quero que no meio da noite você arrombe meu teto e invada meus sonhos, fazendo-os dos mais normais e consumíveis prazeres oníricos possíveis.
Na pura realidade, tenho o maior prazer de saber como é poder voar em suas asas, me levar até o teu céu e me mostrar toda a felicidade que a luz dos teus olhos refletem do santo Sol. Em seus braços no lindo azul, quero escutar os tambores e clarins do lindos anjos que novos subiram aos palacetes da divina paz. Quero ver a dança dos sete véus, que por trás de um deles se revelará uma pessoa humana que sonha, que erra...
Quero viver, ou apenas sonhar com um aprendizado que faça minha própria experiência errante ser uma verdadeira divina comédia. Me ensine a ser empírico em situações ais quais você não irá estar ao meu lado, faça-me apenas amar. O mais simples que seja.
E quando me trazeres de volta ao meu mundo, deixe uma aliança em meu dedo simbolizando tudo aquilo a qual não acredito, mas faça disso um momento de felicidade efêmera.
Quero que a luz de teu sol me alimente de amor, pois sendo alimentado que terei força de cruzar todo o deserto para dizer que te amo no extremo oriente.
Me leve para a fantástica terra santa, onde satanás mora desde tempos remotos. Mostre me as trevas, pois com asas de anjo posso ter a coragem de Apolo. Vamos ao agito dizer a Anúbis que estamos vivos, e contar que Amon Rá é nosso pai e sua luz faz com mortos abram apenas os olhos para verem a exaltação do nosso amor.
Mostre-me como é bom ser anjo, meu anjo.
Salve-me de tudo aquilo quanto me cause sua falta, pois é dela que a angústia vive como parasita.
E finalmente me eleva ao ceú, e com a santa luz... faça-me anjo.



21/03/2011

Leia, releia. Entenda, compreenda...

Saia... saia para cantar, dançar, pular, cantarolar no lar dos lares ares que me sustentam nesses mares de amor. Pois cantarolando nesses anos que me levam aos planos de ser uma pessoa melhor.
Viajando nessas palavras que lavra toda a nossa fala de um jeito muito rara de se existir, porque é no ir que desejamos ficar aqui.
Digo que te amo, mas em outros planos tenho um ano que me meti no cano por falta de um plano.
Esse meu amor me faz embolar em um bambolê, que faço uma gira na ginga do gostar de você.
Por você eu grito, suplico, explico no pico do cabelo do mico que me faz rir de todo esse suplico que lhe explico perante meu grito.
E é por você que nesse texto me embolo, me enrolo como num rolo, porque a vontade é de lhe dar um bolo, por não me fazer de mais um tolo.

21/03/2011

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Aplausos para o grande Palhaço.

Aplausos! Aplausos! Aplausos para o grande e verdadeiro palhaço, o mais palhaço dos palhaços de todos os tempos. Aplausos.
Abram-se as cortinas, pois o show vai começar. E no meu picadeiro que eu pensava que existia de todos os tipos de alegrias, descobri que eu era o único palhaço.
Senhoras e senhores, ladies and gentleman, boys and girl. e com vocês o único palhaço deste picadeiro todo... EU.
É tão fácil entrar num mundo de encanto e magia, sentar e assistir a todo o espetáculo magnífico preparado para você, o difícil é você sair dele sem se quer se iludir de que você também era parte desse encanto. Quem é que nunca se imaginou lá no picadeiro, recebendo todos aqueles aplausos? Pois então, depois de muitas risadas, encantos, surpresas e principalmente ilusões ditas e mostradas pelo mágico, é hora do circo fechar as portas. Hora de viajar, como diz o povo 'meter o pé'.
Uma pirueta, duas piruetas. Bravo! Bravoo!!!
O engraçado que quem faz rir, um dia chora. O mais engraçado ainda, que quem você fez rir te fez chorar. Ahh... O mundo sempre foi, um circo sem igual, onde todos representam o bem ou mau.
Então é assim, toda aquela alegria é repentina, foi APENAS uma fase assim como outras. Mas vamos olhar para o futuro, vamos ver qual será a nova cidade onde iremos levar alegria sem nada em troca, mas nunca esquecermos de imagem INESQUECÍVEIS que já nos fizeram felizes retribuindo com a mesma moeda.
O verdadeiro palhaço pinta o rosto para poder viver. Qual será a máscara do amanhã para disfarçar a insensatez?
O picadeiro se fecha, vou saindo pelas ruas com meus malabares de fitas coloridas sozinho, porque vi que eu era o único palhaço de todo esse picadeiro.
Aplausos! Aplausos para o maior palhaço do mundo...

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O doce veneno do gostar de você.

Assim como uma serpente no meio do caminho, fez-se você. Misterioso, e ao mesmo tempo passando beleza e o medo de meu próximo passo. E com um passo em falso fez-se o abocanhar do medonho bote.

Senti seu veneno percorrer em meu corpo, suavizando todo o clima medonho num simples pensamento “aconteceu”.


Ao cair no chão me senti envolvido por você que subia em movimento em espirais, que apertava mais e mais meu corpo. Senti meus músculos perdendo a força em um lindo movimento de seu enroscamento por todo o meu ser. Pude jurar que lhe senti em minha alma enquanto ouvia meus ossos estralarem ou quebrarem, ao certo não sei, apenas me senti envolvido por você .

E o veneno que percorria em meu corpo, passava pelas veias como um ácido quando em corrosão. As veias pareciam colaborar com a sua vontade, pois conduziam o seu veneno como um cano que conduz a água. Chegando ao coração foi o ponto de dor, pois daí foi bombeado para todo o corpo de uma forma grotesca e rápida.

No momento em que sentia a minha essência despedindo do meu corpo, senti uma leve alegria. Pois paguei para ver qual seria o valor de querer cruzar um caminho onde você estava, mas infelizmente não pode saber qual seria o troco de passar por cima de você sem que acontecesse algo.

Esse foi o doce veneno do gostar de você.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Eu preciso dizer que te amo

Eu preciso dizer que te amo.
Eu preciso dizer que te amo, mais numa maneira que você entenda que o meu simples te amo significa amor.
Eu preciso dizer ao meu mundo o quanto você faz bem... faz bem...
Somos surpreendidos a cada fase da vida, e elas (as fases) oscilam de forma que a cada dia somos uma pessoa. Acordamos como se estivéssemos nascendo. Nascendo para um novo dia, para um novo eu, uma nova oportunidade. Assim é o amor.
"Para todo amor que houver nessa vida, ela merece ser vivida, mas temos que ter trocados para dar garantias."
Eu preciso dizer que te amo, enquanto o vento não leve tudo embora.
Eu preciso dizer que nas oscilações da vida, você tem apenas um pequeno período para se tornar algo resistente aos novos tempos. Quando os novos tempos vem, vem trazendo novos amigos, novos lugares, novos descobrimentos.
Preciso ser feliz ao menos... para dizer que te amo.

Texto de coerência perturbadora. 02/02/2011