sexta-feira, 24 de abril de 2015

Parcelas de problemas


          E mais um vez estou aqui para escrever sobre nós, escrever essa sobre tentativa frustada de ser algo melhor. Cansei, cada dia que passa me sinto mais cansado de lutar por algo que só eu sinto. Não sei ao certo em qual linha entre a amizade, o respeito e o amor eu me encontro. Mas de uma coisa eu sei, não importa a linha ou a distância que estamos de estar no objetivo recíproco mas, eu estou cansado.
          Já errei tantas vezes que não sei ao certo se existe uma parcela de culpas em nossa relação, mas caso exista eu assumo que tenho 70% delas. Mas tenho convicções que me levam a 80% da minha parte ao correr para consertar todo o erro e estrago que provoco: procuro, me explico, peço desculpas.  me coloco como errado e em seus ombros choro por perdão. Mas estou me cansando.
          Preciso me matar internamente, pois te matar aos poucos dá no mesmo; suicídio. O problema não está em você. Te excluir, te evitar ou te ignorar não me fará uma pessoa nova. O problema sou eu, o problema na dependência de viver querendo te ter como irmão ao meu lado, como um pilar no qual eu possa me encontrar para chorar, orar e pedir por forças. Preciso me matar por completo, pois você não merece o fardo da minha felicidade. Você é tão fraco quanto eu, não sabe das coisas da vida tampouco o que é fazer as coisas valerem a pena. E tentar, tentar e tentar fazer daquilo que era pior se fazer melhor.
           Deste precipício que me encontro tenho duas conclusões. Preciso me matar para me encontrar e você, precisa descobrir ser uma pessoa melhor do que a merda que é hoje. Hoje tenho essa conclusão porque cada um zela por aquilo que ama e é importante, mas quando não é recíproco meu amigo... Deixa o tempo levar e segue em frente.


sábado, 18 de abril de 2015

Fagulha


        Foi uma fagulha. Era uma fagulha. É uma fagulha, e admito não saber ao certo até quando vai ser independente da minha vontade. É e sempre será uma fagulha, fagulha que incendeia toda uma mente sã. Meus olhos se tornam vermelhos, e as paredes vibram com o calor do meu pensamento. E quando uma chama se acendia em minha mente, achava que estava morrendo aos poucos, sabe aquelas sensações de elevador? Mirando em direção de algo em lugar nenhum, tudo é quente e vibrante até que 3, 2, 1... Me permiti explodir.
        Sentado, vi a parede tomando a forma do teu corpo vindo a mim. Do piso você veio me devorando e, do teto você cairia em cima dos meus braços. Tudo era quente e vibrante. Foi e sempre será um fagulha permitida que trará você até a mim. Tudo vibra, eu sinto. Tudo vibra, você sente! Tudo incendeia, nós sentimos. E assim eu sou transportado para aquele lugar que só você pode oferecer, seus braços. Quente, vibrante e aconchegante abraço. 
         Nem sempre eu explodo com essa voracidade de querer o teu corpo. Vez ou outra gosto de te ver dançar, gosto de ver te se insinuar. Mas tenho preferência pela mordida na alma que os seus olhos tem. Da mesa me sai você, da parede me sai você. O teto tem o seu beijo e, o chão o seu abraço. Cada canto fagulhado incendeia uma lembrança de nós dois. Cada espaço tem uma marca da nossa queimada. cada objeto tem a forma do seu corpo. O meu copo d'água tem o teu sabor e toque da sua boca. Isso porque me permiti à uma fagulha. Preciso redecorar a casa.