quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ateei fogo à chuva

Confesso que cometi esse crime, e também confesso que não estou arrependido.

Enquanto a chuva caia lá fora, eu lembrava nosso bons momentos. Momentos a qual me fez cometer este delito. Veio-me lembranças ótimas de tudo o que eu não queria lembrar, e via a chuva cair enquanto eu estava olhando da janela entre o vidro.

A casa estava totalmente escura e minha mente, totalmente corrompida. Não se via nem qualquer sombra de algum objeto, pois tudo era um breu. Mas em certo momento sentando em outro ponto da casa, senti minha cabeça possuída por demônios, e em instantes, abre-se a Caixa de Pandora.

Corri para fora de casa com ódio e amor de tudo e todos e ateei fogo à chuva. Fiquei admirando o fogo caindo do céu. O amor era ódio, o ódio era amor, a água era chuva, a chuva agora é fogo, e o fogo para mim ainda não era nada.

Ainda não sei se era miragem, mas lhe vi em minha frente. Enquanto a chuva caía você queimava. Vi-lhe gritando e agoniando no fogo, e nenhuma reação tive. Meus olhos lascivos sobre ti viram o que eles queriam.

Enquanto você se queimava, eu gritava o teu nome.

Enquanto você se queimava, eu gritava o teu nome...

Enquanto você... eu... teu nome.

Maldito seja meu outro eu.

05/05/2011

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