segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Ao cair das máscaras


     Máscaras caíram sobre meus olhos, e os tecidos cobriram meu rosto. Me vi em outras vidas, vidas as quais vivi e não me recordava. Pode ser que não acredite em vida após a morte, mas há pessoas que acreditam em vida anti vida, e foi em algumas que deparei comigo mesmo. 
     Vi os grandes filósofos ensinarem a razão, pena que não ensinaram a amor, pois numas batalhas e outras é que a razão não supera a emoção de uma perda. Vi flores voares enquanto cogumelos murchavam pelo chão frio. Olhando para cima vi uma cúpula de vidro iluminada pelos lustres, que enfeitavam todo o salão de dança daquele casarão. Parece que toda a burguesia da cidade veio para servir de coadjuvantemente para minha história. Olhando as minhas costas ouço um apito, onde me vejo despedindo de alguém que nunca voltará.
      Máscaras caíram sobre meus olhos, e os tecidos cobriram meu rosto que logo deparei-me com a minha atual realidade. 
" Vos mercie considera esta dança?"
   

2 comentários:

Valdemy disse...

Vc é delicadamente bom em tudo o que faz... parabéns!

Raphael Miranda disse...

Obrigado amigo, faço com dedicação.