sexta-feira, 17 de junho de 2011

O tempo não sabe de nada


Dizem que o tempo é o melhor remédio; que o tempo sabe o que faz; que o tempo trás toda a sabedoria necessária. Pois digo que o tempo não sabe de nada. A ampulheta esta viva, a areia cai, e ela gira de acordo com um novo amanhecer.
O que fazer quando o tempo faz você agir no presente, pensando em um passado para poder planejar e vivenciar um futuro?
O tempo não sabe de nada. A única coisa de que ele sabe, é que haverá um amanhã. Mas se você pertencerá a ele, não compete-o a saber.
Muito vi pessoas morrem, assim como nascerem. Vi plantas nascerem, assim como morrerem. Vi... vi... apenas te vi e nada fiz pelo nosso tempo.
Hoje me veio sua imagem com toda a perfeição. Nossa como o tempo mudou, e na minha memória ainda continua viva a tua voz, a tua face angelical, o teu gestos e o teu sorriso saindo por trás de seus lábios dizendo sempre o meu nome.
Lembrei de como a brisa era mais leve, de como a cidade foi mais sentida, de como nossa casa mais aproveitada e explorada. Lembrei, de tudo. De tudo que me causa náuseas de bem estar.
Nossa como o tempo não sabe de nada. O tempo mudou, nossas vidas mudou. Sua aparência mudou. Não me vejo como um velho ao olhar para trás, muito menos me vejo como um simples não sei...
Vi com perfeição você, eu e nós. Vi, apenas vi. Mas de nada senti. Minto, senti sim. Senti uma louca vontade de lhe dar um tiro e ao mesmo tempo correr para me jogar na frente.
Até quando o tempo vai ser o que ele pensa ser?
Só sei que o tempo não sabe de nada, de nada sabe. Apenas faz o trabalho dele, que é girar a ampulheta.