domingo, 27 de março de 2011

A vida passa

Viver é uma coisa tão divina que passa entre nossos olhos, que se quer nem percebemos a delicadeza de sua existência.
É engraçado percebermos que o mundo não conta a sua história, e sim a nossa história. Todos em alguma parte de vida se juntam ou se esbarram em algum capítulo dela, parecendo uma grande novela.
Tenho medo de não amar, de não ser amado, de não brincar, de não ser brinquedo. Tenho o medo de qualquer coisa que me faça perceber que não estou em movimento, pois só o que está morto que não se mexe.
Algum dia, em algum tempo, em alguma hora quero ver toda a minha novela, todos os amores, todos os momentos, todos os personagens que fizeram de meu livro um enciclopédia.
Percebi que não quero pular a fase da briga, a fase do desgosto, a fase a felicidade, nem tão pouco a vitória e do fracasso. Percebi que cada qual tem sua função. Função a qual é um sumário para um capítulo, uma introdução para um conto, uma síntese para uma vida.
O bom não é fazer parte da vida, e sim vive-la. Vive-la de forma intensa e nada rápido, pois quero aproveitar casa milésimo de segundo, assim sinto-me vivo, sinto-me em movimento, sinto a vida.
O oxigênio não é essencial para vida, ela é apenas um combustível. O essencial é sabermos que a vida passa, e nela estamos de passagem. Faça de sua vida um livro, um dicionário, uma enciclopédia. O que você não pode deixar de fazer e vive-la.
Então viva, diga para o mundo que você é mais um.

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