sábado, 29 de outubro de 2011

Eu vejo... me vejo.

O mundo gira numa velocidade horrenda, que me assusta. Olhando para cima vejo o girar com mais pressa. Gira, gira, gira.... e toda imagem vista se entre enrolando formando uma única cor. Branco.
De repente deparo-me com um espelho em minha frente, onde vejo apenas uma imagem, a minha imagem. Parado olhando-me, vejo minha imagem com um lápis negro em suas mãos. "Riscai-vos um olho". Assim me disse aos sussurros. Entre o risco de um olho ao olho, vejo um olhar se destacando em meia negritude.
Abismado com tanta loucura e lucidez que pairava em minha frente, vi surgir... Vi surgir lágrimas de um alguém que foi posto para dentro de seu original corpo, nem mais nenhuma alma. Um novo rosto surgia de um novo eu. Alguém que eu conhecia apenas em meus momentos de pura emoção macabra, assim, surge e revelo meu lado negro. O lado mais sombrio de um puro mortal, mais imortalizado na memória toda uma Odisseia antepassada.
Vejai-vos assim como eu vejo. Contemple aquilo vos teme. Grite de horror a verdadeira beleza que paira em sua frente, e desdenhe qualquer assimilação com o mau.
Beije minha face agora negra, e dance comigo a valsa do último adeus. Adeus dando a ambos, pois ninguém merece viver depois de olhar a minha verdadeira face. Dance comigo, e maravilhe este lindo momento que é morrer em meus braços. Olhe em meus olhos límpidos e vermelhos, contemple minha beleza exótica. Agora feche os olhos. Não consegue abri-los? Então relaxe, pois sua vida esta sendo levada de maneira mais sublime em meus braços.
Adeus! Obrigado por contemplar aquilo que só pode ser visto apenas uma única vez.

domingo, 23 de outubro de 2011

Àquele Som

Era altas horas da madrugada, a maresia chegará ao pico de tua potência e o mar, não cedo estava para a ressaca. Com ondas altas e vento de brisa leve e quente, ali estava eu embriagado andando só nas areias da praia sem nenhum destino à vista.
Andei durante todo o instante daquela madrugada com a sensação de estar sendo seguido, ou vigiado. Vultos pareciam esporadicamente, no auge de minha loucura encarei-os como fruto de minha imaginação. Foi quando mais afastado da cidade, deparei-me com uma oferenda nas areias da praia. Não tive medo, apenas um certo receio pelos materiais que ali via, tais como: vela acesa, pratos de barro, garrafas de bebidas, etc. Passei tranquilamente de que de minha parte estaria com todo o respeito.

Caminhando escuto um som de atabaque e resolvo olhar para trás. A visão era de espantar, via cerca de 15 pessoas vestidas de branco, homens e mulheres misturados formando uma espécie de meia-lua voltada em minha direção. Havia uma mulher ao centro deste círculo, que começará a dançar ao som dos atabaques.
A mulher começara a se envolver no som, e girava mais veloz de acordo com o ritmo. E com beleza e ginga, a mulher tira sua vestimenta superior e fica somente com um longa saia vermelha encarnada. Seus seios fartos e corpo escultural era um verdadeiro deslumbre na visão de um homem. E girava, girava e girava... com os cabelos ao vento e misteriosamente via seu rosto. A mulher da pele morena encantava a quem quer que a visse com o seu gingado e dança. Em certo momento ela pega uma garrafa ao chão e se banha com todo o líquido, parecia saciar-se de sede. E vinha em minha direção girando como o vento, e encantando com a saia que ficava mais bonita ao seu rodar, ela cai de joelho sobre os meus pés e dá uma alta e medonha gargalhada. Aquilo estremeceu-me e arrepio-me.
Corri de pavor, e quando decido olhar para trás vejo toda aquela imagem esmaecendo de acordo com o desaparecimento aos poucos dos atabaques. E ainda me pergunto se realmente era uma miragem.

RMiranda

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Somos administradores de nosso futuro?

A forma de que como queremos levar a vida e até em que ponto queremos fazer-la atingir, tem uma variância de determinação com objetivos. A vida futura deve basear-se em investimentos instrucionais, assim podendo desempenhar um planejamento com certo traçado de uma meta.
O termo “mudar para ser o mesmo” deve ser tratado como uma essência. Devemos sempre nos atualizar, nos instruir e nos adaptar com novas tecnologias, mas não devemos nos deixar levar por suas magníficas praticidade. Temos que ter a sensibilidade que é com nossas ações e atitudes que mudaremos todo um percurso que nos levará a um patamar desejado.
Não existe uma palavra certa que nos torne administradores de nosso futuro, e sim uma pergunta: “O que você quer ser na vida, e a que ponto você pretende chegar?”. Feito esta, e consecutivamente você tendo sua resposta, você passa a ser administrador de seu futuro. Para que esta administração seja bem direcionada, você precisa capacitar-se naquilo que possa levar-te ao alvo desejado.
Uma pergunta muito intrigante é: “Será que o meu passado de sucesso, garante o meu futuro?”. A pergunta trata-se de uma questão de subjetividade. Qualquer experiência vil que você possa ter passado, serve sim para um futuro brilhante. Quando bem trabalhado suas experiência junto a oportunidades aproveitadas, isso gera certa coragem e determinação, assim, podendo comparar a uma ambrosia tão desejada a qualquer pessoa que queria vencer na vida.


* texto feito para o curso de Administração

domingo, 2 de outubro de 2011

Nosso mundo, agora meu mundo

Minhas intenções foram das melhores. Ainda prevalece a distância em nossa vontade, mas o perto ainda estar em meus rasos desejos.
Perdoe-me se algum dia lhe fiz chorar ou até mesmo se rebaixar às suas próprias convicções, minhas intenções foram das melhores. Mas o que fazer quando tudo o que você faz não é o suficiente? O que fazer quando tudo o que você toca desmorona? O que fazer em momentos em que você quer o bem de alguém, e ao mesmo tempo pode desmoronar todo um progresso feito.
Perdido no próprio mundo que criamos, aqui estou. Venho andado sem mapa nas ruas e cidades que construímos juntos, e me perco em todas as esquinas em que me deparo. Pode lhe parecer uma utopia eu dizer que não quero sair deste mundo, mesmo não sabendo como.
O pior que hoje eu sinto o peso do nosso mundo todo sobre mim, e lhe garanto que carregar um fardo sozinho não é nada fácil. Vejo ilhas afundando, montanhas desmoronando e as flores murchando. Tentar salvá-las é um total erro, quando tento ajudar as coisas pioram quando toco. O nosso mundo já não tem vida.
Mas o que fazer quando tudo o que você faz não é o suficiente? O que fazer quando tudo o que você toca desmorona?
Desculpe-me por tudo, mas as minhas intenções sempre foram das melhores.