Caminhando eu vou com o meu
melhor amigo entre os dedos, é uma vontade de chegar a lugar nenhum. À frente
vejo o portão do meu coração.
A porta está aberta, mas só
poderá passar meia pessoa de cada vez. Depois de muitos atentados, estão
tentando aumentar a segurança, o último fez um estrago que deixou parte do
lugar ainda com a química ativa.
Dificuldades tive muitas para
entrar, mas se este é o melhor remédio para evitar novos mártires, então que
assim seja. Há sentinelas na porta, mas quem vigiará os que vigiam? Pois meu
coração teve muitos traidores que abriram a porta para o amor.
Mas ainda prefiro que meu coração
feche os portões de vez, assim, não correremos mais o risco de uma catástrofe.
Mas é trivial de minha parte não reconhecer, que precisamos estar sempre
abertos à visitação. Mas prefiro dissuadir eu mesmo, com a velha história de
que “irá ficar tudo bem”.