Homens! Jogue-o no calabouço, para que lá esteja condenado a
viver os teus últimos dias como um animal. Lá irá se alimentar de dor e
arrependimento e beber de suas próprias lágrimas. Será preso com uma
inviolabilidade de sete chaves e três portas, e agonizará em paredes e terra
infértil como um homem híbrido que é. Homens! Fazei-o um leigo, transformará
tua dor em amiga, e terá um respaldo na escuridão como um consolo.
De
forma insalubre irá viver assim como teus pensamentos. Jogado ao cubo escuro
estará condenado a enlouquecer sobre tua quimera, e teu decrépito acalmado.
Homens! Acatai esta ordem de sentença marcada e dada, e ele será o único a ser
sentida.
“Se tua
pólvora não queimasse uma vida; tua ambição não esvaziasse um estômago; tua
falta de educação não poluísse o chão e o ar; a falsa crença não se
aproveitasse da ignorância e carência alheias para fazer seu ‘pé de meia’; tua
esperteza não dobraria a minha carga horária de trabalho.”
Homens!
Este persecutor passará três meses neste calabouço sem ver se quer um fecho de
luz. Não comerás, não beberás e não falará mais do que o teu arrependimento não
possa saciar. Ao termino deste período ele será levado ao pátio de olhos
vendados, onde o farão abrir os olhos e olhar para o sol escaldante do meio-dia,
assim, a sentença será cumprida com vigor. A partir deste momento, ele não
poderá ver e nem cobiçar o que não lhe compete.
E o 11º mandamento dizia: Não prejudicai o próximo em seu bel prazer ou
interesse.