segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Peças Intocadas De Argila


                Muito tempo se passou desde então. Você mudou e, eu mudei. É a lei da vida, são as regras da vida, são as regras do jogo.
                Há muito venho me imaginando no final de algo infinalizável, algo em que só os céus e nós poderemos saber, mas, nunca compreender. Há algo maior, algo acima. Apenas algo.
                De tanto jogar eu me cansei. Será que é de tanto eu saber a regra do jogo? Sinto que quanto mais eu sei das regras, mais me sinto contundente comigo mesmo. Com nós.
                Muitas foram às batalhas em que resolvi combater, mas também muitas foram às batalhas na qual eu vi que mereciam a minha retirar. Até hoje estou nesta espreita retirada. Sou forte, sou implacável... Sou o mais frágil de todos. Tudo é bom quando é bom para todos. Mas para nós, eu acho que nunca chegou a ser algo a ser definido.
                Dei as costas. Abandonei a batalha, abandonei o meu objetivo. Abandonei... Batalha.
                As coisas e coincidências vêm e vão. As emoções vão e vem. Tudo está em transição, o universo em expansão. O maldito universo em expansão.
                Ainda entenderei do que você é feito. Do que eu sou feito. Do que o que nós nos tornarmos nesta vida foi feito.  Ou talvez nunca entendamos... Talvez.
                De uma coisa eu sei. A cada dia algo está mais perto.
                E a nossa trilha sonora achou o caminho, me encontrou. Que dia os nossos caminhos irão se cruzar novamente? Só os céus e nós poderemos saber, mas, nunca compreender.

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