sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Seus Olhos

         
           A única coisa de que me lembro era de ter fechado os olhos, simplesmente acordei em outro lugar. 
           Tudo era tão grande e escuro. Luzes surgiram de todas as partes, e algo mais afrente acendeu de forma cintilante. Uma figura feminina surgiu do clarão, era uma jovem mulher, que com uma voz doce cantou doces palavras com sabor de abaxi. Seu corpo sensual dançava de forma envolvente, e aos poucos suas poucas vestes caiam sob o definhar do ar, deixando teus seios em amostra.
            Com olhos avermelhados, me fitava de maneira estranha. Acho que seus negros olhos me davam medo. De seu corpo emanava um perfume com o aroma de luxúria misturado com cravos do Monte da Libertinagem. Toda vez que o teus olhos azuis encontravam como meu, sentia-me mentalmente lesado. 
           Ladra! Isto que ela era, uma ladra. Roubou a minha atenção, roubou os meu sentidos, roubou o meu tempo... Estou vivendo no teu tempo, acho que estou agora em teu mundo. E esses esverdeados olhos que ainda insistem em me devorar.
           Esmaecendo se foi pela fumaça de teu corpo em brasa. Fiquei aqui, neste lugar tão grande e escuro.
           Alguém me chama. Acordo. Era ela!... Era ela... Era ela? Sim! A aconheço pelos olhos. Era ela, mas num corpo de um homem.  
          
             

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