sábado, 10 de março de 2012

Profanando Teu Corpo


           Tudo aconteceu de forma tão natural que a imaginação não deixa pensar além do que foi perfeito. Seus olhos pediam meu corpo, mas meu corpo queria era uma caipirinha, sal e seu mamilo em minha boca.
           Num minuto nossas mãos foram rastejando-se em nossos corpos como cobras do fruto pecado, e a resposta era dada em forma de olhares e sensações térmicas. Sua boca aclamava por um grito de pura luxúria, o que aguçava a vontade de matar meu bel prazer. Minha língua profanando teu corpo aguça meu instinto primata. Com o olhar sobre minha caça, minha preza, meu prazer... eu fui desvendando todos os segredos que só teu olhar poderia guardar, e que pude achar nos poros do teu corpo.
          Em sua boca devorei toda tua inocência, peguei tua maldade e inclui o novo. Nossa mente já entorpecente nos deixava ir além do que queríamos, caminhos eram traçados e prazeres eram vociferados de nossos corpos. 
          E eu vivia em uma verdadeira quimera, onde você sempre se manteria distante. Mas meu desejo trivial é querer o sentimento intrínseco guardado dentro de você para mim. E noite a fora foi se construindo uma coisa ainda nova para mim, um rosto antigo se enquadrando a um novo, desejos eram retribuídos em forma de descoberta.
          Depois da partida, algo ficou... acho que foi a esperança de algo que sempre quis ter. Mas o meu querer ainda se resume em uma caipirinha, sal e seu mamilo em minha boca.  

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